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E cá estamos nós de volta ao ponto mais populoso do “Vale do Bodopitá”, vindos da Paraibana capital, com as passagens pré-pagas e a bagagem,por enquanto seca de novidades, senão expectativas para a construção de uma arrojada política cultural.
O colóquio com o Secretário de Cultura do Estado seguiu um roteiro surreal (e antes que chova as críticas pela opção estética, nada me priva a escolha bretoniana, pois que tudo é ainda provisório e, certamente trocarei esta nomeclatura para outra mais adequada, se possível por Concreta), de um lado, as dúvidas e de outros as dúvidas também. Resultado: a jovem equipe do secretário, ainda se debruça com vigor no atol enferrujado de uma antiga sub-secretaria ao passo que estuda e planeja já com orçamento (DOE 27/02/2011) como o estado atuará no plano cultural.
Da pauta apresentada tivemos um caloroso “EM BREVE” do secretário para as questões dialogadas.
1- Assim, garantiu-nos que em BREVE estará apresentando com lucidez a real saúde do FIC (não deixamos de enfatizar para o secretário, o caráter de inviabilidade da atual lei, cujo “concerto” terá que passar pela Assembleia Legislativa.
2- Chico dignou-se quando aos repasses dos Pontos de Cultura. (Curiosamente, nascidos em 2008, ainda esperam uma tabela nutricional para poderem viver).
3- Por fim, desejando que a intenção de canais de comunicação, como o Fórum de Cultura da Borborema (e sua complexa paisagem de diversidade e geografia), confirmou que em BREVE estará conosco para consolidar as permutas e ações em prol da cultura do estado.
O secretário mostrou-se desejoso e amplamente aberto à construção de um diálogo que possibilite um diagnóstico do que se tem para, em seguida, fazer o que se tem de fazer. Ou seja, apresentar uma política de cultura para o estado (com plano, programas, ações, etc).
No tocante às representações regionais, Chico foi enfático e, valendo-se de sua função de gestor cultural do estado prefere apostar na confiança e gabarito de seus nomeados para atuar como interlocutores nas 12 regionais estado afora. Deixando de lado um requerido ideário democrático de construção participativa por meio de consultas locais ou listas tríplices com escolha direta como evocaram alguns agentes culturais logo após anunciada a metodologia da interlocução.
E, para dirimir qualquer impulso de apocrificidade dos sujeitos de toda interlocução no casarão dos azuleijos, reiteramos que a audiência, assim como a reunião no dia 02 com a comunidade cultural convidada, abraça tão somente a nossa responsabilidade pessoal, nominal e cidadã (Hipólito Lucena e Nivaldo Rodrigues) alastrada imediata e restrita ao Coletivo Campina Cultural (sem CNPJ e, sem dívidas ideológico-partidárias); o Ponto de Cultura Ypuarana (com CNPJ e com vontade e ação) e, a Ágora-Produção e Execução de Projetos (com CNPJ e com capital, pois custeou nossas diárias, translado e naturalmente o choop já em Campina Grande). Não havendo qualquer menção de representatividade às demais 29 entidades culturais presentes no Museu de Artes, seus representantes, artistas e produtores culturais, signatários, ainda intencionais, da criação do referido Fórum.
O grosso parágrafo acima enlaça naturalmente a diversidade de opiniões com a qual a conversa no Museu moveu-se, tendo é claro um predomínio de compreensão que o mutismo, o desfalecimento do FIC, a emergência dos Pontos de Cultura e, sobretudo, a necessidade de diálogo com a nascida Secretaria de Cultura, urgiu a partilha, o agenciamento de ideias, visando à transparência, o diálogo constante e ações coordenadas coletivamente.
LEIAM OS CRÉDITOS:
Hipólito Lucena
Nivaldo Rodrigues
Ponto de Cultura Ypuarana
Coletivo Campina Cultural
Ágora-Produção e Execução de Projetos
COMENTEM!!!
COMENTEM!!!
Bem, fiquei um pouco surpresa por não encontrar até então nenhum comentário por aqui. Estranho, pois me esbarrei com tantos outros em espaços, embora legítimos (faço referência a sites de relacionamento), não tão adequados como este, onde os interessados poderiam ler, responder, "re-pensar" etc e tal. Sem murmurinhos, ruídos... Em geral, é deselegante, quando não é medíocre.
ResponderExcluirA classe artística deveria se inspirar um pouco na classe médica, caso exemplar de proteção entre seus membros (já viu um médico denunciar outro?). Não falo em ser conivente com corrupção ou coisa parecida, mas em preservação da respeitabilidade da classe diante das outras.
E, em relação ao registro da audiência, "em breve" teremos o que falar, pois há pouca novidade, não, é!?
Obrigada a Nivaldo e a Hipólito, primeiro, pela iniciativa, segundo, pela sistematização, que não me causa espanto, pois só desse modo me parece possível passar credibilidade.
É chegada a hora de não pensar no próprio umbigo, apenas.
(Erros de ortografia são por conta do meu "dicionário virtual" desativado)
Abraços!
Juliana de Paulo
Valeu Hipólito e Nivaldo, muito obrigado pela iniciativa, estamos juntos nessa caminhada em nome da Associação de Autores e Compositores da Paraiba e Clube do Jazz & Bossa Nova www.autores.ning.com
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