O Ponto de
Cultura Ypuarana em parceria com as Secretarias de Cultura e de Educação da
Prefeitura Municipal de Lagoa Seca juntamente com a Casa de Cultura Mestra
Paulina Diniz, realizam a exposição "3 EM UMA", a abertura será nesta
quinta-feira (01/10) às 15:30 na sede do Ponto de Cultura Ypuarana, localizado
na Rua Antônio Borges da Costa, 210, centro de Lagoa Seca e ficará aberta a visitação
pública até o próximo dia 09 de outubro.
Participam da
exposição os artistas Josafá de Orós e Wagner Pina, que tiveram projetos
aprovados no edital de Microprojetos de Circulação do Fundo de Incentivo à
Cultura Augusto dos Anjos e da FUNARTE.
As exposições:
“A Feira de Campina Grande sob a Ótica
da Xilogravura”, de Josafá de Orós, retratação de paisagens e personagens
Josafá de Orós |
“Paraíba
Grandes Nomes”, assinada pelo xilógrafo e ilustrador Josafá de
Orós, narra, através da xilogravura e do cordel, a vida de personalidades como
Ariano Suassuna, maestro Zé Siqueira, Geraldo Vandré, Paulo Pontes, Sivuca, Zé
da Luz, Margarida Maria Alves e Anayde Beiriz.
O “Paraíba Grandes Nomes” apresenta a grandiosidade
de personalidades como João Pedro Teixeira, um dos primeiros mártires dos
conflitos agrários no Nordeste; Félix Araújo, que foi soldado raso nos campos
da Itália, instigava seus pares à vigilância da democracia então ameaçada; o
gênio de Celso Furtado, economista; Manoel Camilo dos Santos, autor do onírico
clássico Viagem a São Saruê; o genial guerreiro da cultura Ariano Suassuna; o
multiinstrumentista Sivuca; Zé da Luz com a projeção de um Brasil matuto; Antônio
Bento, crítico de arte e personagem paraibano na obra Macunaíma de Mário de
Andrade; Melo Leitão o fundador da aracnologia na América do Sul; Pinto do
Monteiro, um dos maiores vates da viola nordestina; Margarida Maria Alves,
expressão de -ponta no reclame pela justiça camponesa; Anayde Beiriz poetiza
que influiu sobre a Revolução de Trinta na Paraíba; e expoentes como José Lins
do Rego, Zé Américo, Pedro Américo, Augusto dos Anjos, Miguel Guilherme, e mais
paraibanos, uns com certa evidência, outros habitando na penumbra, quando não,
no breu do esquecimento que aqui estão lembrados no cordel e na xilogravura de
Josafá de Orós.
Para Josafá de Orós, “as nossas escolas precisam
conhecer os seus heróis de carne e osso e, na pretensão de preencher tal
lacuna, temos escrito plaquetes, muitas vezes já em forma de cordel ressaltando
alguns traços desses personagens. O que vínhamos fazendo por nossa conta e
risco tem agora a aquiescência e a sensibilidade do Ministério da Cultura e do
Banco do Nordeste do Brasil, estes se revelando por sua vez, como entes
visionários, leitmotiv no âmbito cultura, esboçando interessantes diretrizes
para o nosso desenvolvimento nacional num contexto de globalização”.
Josafá de Orós é natural de Orós, Ceará, contudo
mora atualmente na estância Poiésis no município de Lagoa Seca, depois de ter
morado 40 anos no município de Campina Grande, ambos no Estado da Paraíba. É
pintor, escultor, muralista, gravador, poeta. Foi articulista na imprensa
paraibana onde publicou dezenas de artigos e ensaios sobre estética, filosofia,
sociologia, artes etc. Graduado em sociologia. Participou de vários certames
literários onde publicou obras poéticas.